maio 18, 2009

Sem resposta


Sem avançar ou recuar

nem chegar ou partir
sobrevive-se num enredo de buscas inúteis
de sorrisos forçados
e falsas intenções
das meras projeções na tela do nada que nunca chegou a ser
de tudo que se pode pintar com as cores da imaginação
falácias, conjecturas, ilusões.
Por que sustentar esperanças reinventadas?
Reproduzir mesmos caminhos trocando cenários
arriscar uma dor que já cessou
fantasiar expectativas que feneceram de sede
esquecer tantas perguntas que não tiveram resposta.
Vontade (ou necessidade) de espiar o porvir
deixa-lo se aproximar e afugentar o passado de lembranças vazias.
Nunca gostei de folhas em branco
que sutilmente desafiam e imploram novas composições
de tantas palavras exacerbadas de sentidos
nem sempre fiéis ao sentimento que pretenciosamente ousam expressar.
Ah, quem me dera acolher nos braços a certeza eloqüente que dissesse sim ao meu desejo
esse que pulsa e é tão maior do que aparenta ser...
Como faço para acreditar ser nada se sinto tão intenso cá comigo?

Nenhum comentário: