
Dá licença que vou chorar
reclamar da vida
queixar-me do mundo
dos transeuntes anônimos
dos transeuntes anônimos
das paixões mal entendidas
do desejo sufocado em si mesmo.
Dá licença para a insensatez
da minha fé imperturbável
da sinceridade que grita o que pensa e sente
da minha esperança teimosa
de acreditar em final feliz.
da minha esperança teimosa
de acreditar em final feliz.
Dá licença para a mediocridade
da minha imaturidade
dos pré-conceitos pueris
das minhas carências, tolices, medos
da resignação que me estagna.
das minhas carências, tolices, medos
da resignação que me estagna.
Dá licença para a extra(e)ordinária inquietude
dos meus sentimentos
das incessantes buscas
da minha alegria triste
dos meus sentimentos
das incessantes buscas
da minha alegria triste
da angústia pungente e doída
do pranto que não deixo verter.
Dá licença para o meu silêncio
Dá licença para a minha melancolia
Dá licença para a minha solidão
Dá licença para o meu cansaço
Dá licença para mim.
Um comentário:
Dou licença sim. Pode sentir. Por que assim se esvazia disto e se dá licença para se permitir.
C.E.
Postar um comentário