Tenho desgostado de quase tudo...
Uma impaciência para com a vida, o mundo
as pessoas que me cercam.
Uma vontade desesperada de fugir
uma viagem sem regresso
a impalpável leveza de um sonho infinito e belo.
Um cansaço das incertezas
e até o que é certo me tem ferido a alma.
A ordem ciclotímica dos dias
me consomem energias vitais
e refugio-me na inação de quem espera
de quem deseja e tem medo
de quem arrisca e se arrepende
de quem sonha alçar vôos
e tem os pés presos ao chão.
Comprei ilusões a prestações
e nunca mais fui inteiro
nunca mais respirei a paz comigo mesmo
nunca mais fui
senão a infeliz distorção do que planejei ser.
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