fevereiro 29, 2008

Até quando?

Não sei por onde começo a narrativa que até evito pensar.
tento evitar, mas não consigo...
tantas são as vozes que indiscretamente indagam, noite e dia, os anos de vida
(e me apavoro, confesso)
Esses dias têm sido difíceis...
tanto que sinto dificuldade de respirar
de viver tanto mais.
Queixo-me em pensamentos e lágrimas
um choro de dentro
(pra mim e por mim)
pra todas as perguntas impossíveis
insisto em tapar os olhos
enxergo apenas o que minha intuição deseja
ouvidos moucos para o que não quero acreditar
uma esperança cega, tresloucada, desesperada...
um despertar aflito do tempo que resta
a agonia das horas que findaram desperdiçadas
tantas vontades, tantos sonhos, tantas queixas...
cansaço constante dos dias que ainda terei que contar
(descontente, incomodado, angustiado)
à espera desse amanhã tardio
ressentido por não vislumbrar mãos estendidas
minha arrogância...
minha intolerância...
meu desassossego.

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