abril 06, 2007

[A pensar sobre o que me define...]

possivelmente a procura
(aquela... particular nos momentos em mim!)
a entrever aspirações e súplicas
questionar a insensatez do impensado
rebuscar composições em clave de sol

pelos caminhos...
(a bifurcarem-se alheios aos pés – descalços... nus!)
tenho desgostado de qualidades inquestionáveis
de olhares indagadores (mesmo dos meus)
de idas (das vindas... sobretudo!)

e sinto...
por vezes, remorso...
saudade de tudo (até do futuro)
súbita vontade de esvair para sempre
ou encenar um regresso poético
(melancolia por companheira cativa)

os passos...
seguem trilhas
cautelosos dos abismos que virão
(já não tropeçam, tampouco arriscam cair)

por tudo (ou quase)
não restam certezas...
encontro a vida à espreita: eu andarilho
... a caminhar
... a procurar
prosseguir...
tentando desmistificar a imagem (enxergar além)
entrelinhas, desalinho... esse desassossego!

ainda sonho...
dias e noites de esplendor
(o conceito abstrato da felicidade)
palpáveis são os instantes de regozijo
a alegria das pequenas conquistas que se somam (incomensuráveis!)

vivo...
senão amadurecido, resignado (por certo)
... se em parte desiludido pelo (des)esperar
... de outra, motivado pela renovação dos dias que amanhecem nova esperança
(o definível torna-se indefinível)
a liberdade do arbítrio: tangentes do destino
... a inquietude dos ponteiros
... a efemeridade do tempo.

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